Quando falamos sobre público-alvo e depois sobre personas, estamos falando sobre assuntos diferentes. Você sabe qual é o seu persona e como construir o seu?
O conceito de personas foi desenvolvido no ano de 1983, pelo designer e programador de software estadunidense Alan Cooper. Durante a realização de um projeto, Cooper, entendeu que era muito mais fácil desenvolver um trabalho quando se tinha um consumidor (com seus desejos e anseios) em mente. A princípio, a ideia de usar a personas era somente para seus designs mas, logo a ferramenta se tornou conhecida e se espalhou pelo mundo do marketing. Hoje, auxilia diversos segmentos de mercado na busca de criar estratégias mais direcionadas.
Diferente do público alvo, que é aquele consumidor que uma marca ou empresa deseja atingir, mas, não possui características tão bem definidas e são somente pessoas que podem querer o seu produto, a persona, buyer persona ou até mesmo avatar, é algo muito mais específico, o seu consumidor ideal. A construção desses personas, de um personagem fictício que, representa uma marca ou produto, é feita a partir de dados de clientes reais. Esses dados são coletados através de entrevistas com o público e após analisar as respostas e se encontrar um certo padrão entre elas.
Esse mecanismo possibilita conhecer melhor o cliente e assim definir uma estratégia que agrade ao consumidor daquele produto determinado. Por isso, as perguntas para construir a buyer persona precisam buscar entender o comportamento, os problemas e objetivos do cliente além dos dados demográficos.
Com a construção certeira de um avatar é possível desenvolver uma estratégia de marketing que irá atrair o público certo, perdendo menos tempo e dinheiro. Pensando nisso, listamos alguns erros bem comuns na construção para não cometer na composição do persona da sua marca, e assim, torná-la ainda mais eficaz.
1. Pesquisar pouco sobre personas
O primeiro passo é pesquisar muito sobre o seu consumidor. Com uma análise bem detalhada sobre o seu público, é possível encontrar as perguntas certas para se fazer durante todo o processo de estudo. Lembre-se de questionar todos os pontos sobre a persona – seu comportamento, seus problemas, desejos e anseios, além de dados demográficos – para que não se fique dúvidas de quem ela realmente é.
Se livre da sensação de achismo de que conhece muito bem o seu cliente. Ao pesquisar a fundo, pode descobrir que na verdade o seu público é bem diferente do que se imagina.
2. Ter muitas personas
Não há problemas em ter mais de um avatar. Mas, um número excessivo de personagens, pode acabar atrapalhando o trabalho do setor de marketing que vai ter concentrar seus esforços em mais de um público e manter estratégias diferentes.
Se for a primeira persona da empresa, comece com apenas uma. Ao longo do tempo pode se criar outros personagens ou aperfeiçoar o já existente.
3. Ser muito específico ou abrangente
Apesar de a buyer persona ter como princípio ser mais específico para que se possas conhecer melhor o público e assim fazer realizar ações que agrade mais, ela não pode ter um perfil fechado e centrado. Todas as pessoas são diferentes, tem uma personalidade, e uma realidade. A intenção é encontrar pontos em comum dentro do seu público para assim encontrar um perfil que se pareça com a maior parte dos consumidores da marca.
Outro cuidado é para não tentar abraçar o mundo. A persona tem suas próprias características, é um pouco mais específica que o público alvo e não pode ser um espelho do público que a empresa deseja alcançar, mas um reflexo do consumidor ideal é, aquele que realmente utiliza o produto.
4. Não promover as personas para todos os departamentos
Não é porque o departamento de marketing trabalhe mais com as ferramentas de persona que quer dizer que só esse setor deva ter acesso a ela. Todos dentro da empresa precisam conhecer a buyer persona, entender quem ela é, e como tirar proveito desse personagem dentro das suas funções e do seu departamento.
Promova o avatar dentro da empresa e incentive que todos os funcionários trabalhem com este utensílio.
Leia também: O que é Marketing de Conteúdo, afinal?
5. Cuidado com as personas negativa
Persona negativa é o seu cliente quase ideal. Esse personagem pode até ter características bem parecidas com o seu público ideal, mas, por algum motivo não consome o seu produto.
Esse avatar te ajuda a entender quem não é o seu cliente mesmo sendo bem parecido com o seu consumidor. Isso evita perca de tempo e energia com quem pode nunca vir a comprar seu produto. Porém, não foque todo o seu desempenho em descobrir quem é esse público e como não investir nele, trabalhe para a sua persona. A persona negativa não é o seu foco.
6. Não acompanhar as personas ao longo do tempo
Assim como o seu cliente pode mudar ao longo do tempo a persona também sofre modificações, afinal de contas, ela é um personagem inspirado em dados reais dos seus consumidores. Portanto, acompanhe as mudanças. Tenha em mente que será preciso rever o perfil do seu avatar e mantenha uma periodicidade para essa revisão.