Entenda como a Nubank conquistou os brasileiros e conheça seu lado negativo.

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Conhecidos pelo cartão roxinho e contas 100% digitais, a Nubank chegou com a intenção de proporcionar facilidade e taxas pequenas ou quase nulas aos seus correntistas. A fintech (startups trabalham para melhorar e otimizar o mercado financeiro) que ameaça os bancos tradicionais, é dona de uma comunicação e marketing de dar inveja em qualquer negócio. 

Os sócios David Vélez, Cristina Junqueira e Edward Wible fundaram o banco em 2014. Tudo começou como startup em São Paulo, hoje, a Nubank reúne mais de 19,7 milhões de clientes, segundo dados divulgados pela empresa. Só em 2019, a média de novas clientes era de 40 mil por dia.

O lado bom

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Para o consumidor a proposta é tentadora: taxa zero em diversas faturas, como, a anuidade do cartão do crédito ou pagamento de TED/DOC (transferências entre contas do mesmo banco ou não), que em outros bancos podem custar R$15. Outro ponto positivo é o rendimento automático que eles oferecem na conta corrente, a Nu Conta é como um investimento em títulos públicos. Sem esquecer da facilidade, é claro, de conseguir fazer tudo pelo aplicativo.  

A Nubank se destaca pela sua evolução ao longo dos anos. A marca que, em seu início, só oferecia um cartão livre de taxas e sem anuidade, hoje trabalha com programas fidelidade, pontos no cartão de crédito – Nubank Rewards –  e até empréstimos pessoais.

Outro fator importante da comunicação da Nubank, foi promover um diálogo humanizado e “personalizado”.  Em uma de suas últimas ações, a marca enviou cartas escritas à mão com o nome de cada pessoa para atrair novos clientes. Outra ação que ganhou notoriedade, foi o envio de um porta-cartão para celular que os clientes ganhavam ao solicitar o cartão de crédito ou abrir a conta. O mimo agradava e gerava propaganda gratuita ao mesmo tempo.

O marketing da fintech é, sem dúvidas, um case de destaque. Segundo os próprios fundadores, todo esse sucesso ocorreu sem nenhum investimento financeiro, isso porque eles apostaram no marketing 4.0, onde o foco é na internet e em plataformas digitais e não em veículos tradicionais, como, por exemplo, a Televisão.

A hipótese de que não houve nenhum investimento no marketing – no início – é contraditória. A boa comunicação é resultado de bons profissionais que são motivados por bons salários. Além disso, outro ponto a favor é que a marca conhece muito bem o seu público e sabe como conquista-los.

O lado ruim

Em contrapartida, a Nubank é criticada pela demora na aprovação de crédito e pelo atendimento pouco efetivo – que só é feito pelo chat, onde a resposta é rápida e sem solução do problema. Aos poucos, a empresa vai se alinhando mercado financeiro dos grandes dos grandes bancos, um exemplo disso é o aumento dos juros rotativos de 7,75% para 14% ao mês. Os juros do rotativo é quando o cliente não consegue pagar a fatura total do cartão de crédito e opta por pagar o mínimo ou apenas uma parte, o restante do valor é conhecido como crédito rotativo. 

A Nubank é uma das empresas que mais apresenta prejuízos milionários, mas devemos considerar que essas quedas em empresas que estão crescendo são totalmente normais, inclusive, são esperadas e consideradas pelo financeiro.

E isso pode causar prejuízo para os correntistas? Não existe motivo para preocupação. Assim como os bancos tradicionais, a Nubank possui FGC (Fundo Garantidor de Crédito) – que garante a cobertura do seu valor aplicado caso o banco quebre. Além disso, se a situação tivesse ruim, o Banco Central interveria. Mas, fiquem tranquilos, a Nubank vai bem!

Embora a mesma seja associada aos mais jovens, os correntistas da fintech têm em média 32 anos. E a companhia já declarou a intenção de conquistar um público ainda mais velho. E, para isso, terão de diversificar sua comunicação e marketing.

Com o sucesso da Nubank, os bancos digitais foram crescendo e todo dia uma nova propaganda aparece em nossas redes sociais, em especial, nos stories do Instagram. Sem dúvidas, eles são aliados para uma vida financeira simplificada e organizada. Para quem foge de filas e burocracias, a Nubank e outros bancos digitais são a resposta da vez.

Mas, se você é daqueles que usa o limite do cheque especial e vive pagando o mínimo da fatura do cartão de credito, as fintechs são como qualquer outro banco e cobram juros semelhantes. Nesses casos, a melhor alternativa é se organizar para procurar a instituição financeira que apresente o juro mais baixo.